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A separação e a superação

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A separação é um momento muito dolorido, é o fechamento de um ciclo para abertura de outro, é a transformação dos sentimentos, das relações, da rotina, da casa, da vida. E no meio de tanto sofrimento, ainda há de se resolver a partilha dos bens, a guarda dos filhos, mas principalmente a cabeça, que fica virada do avesso. Cuidar do emocional é indispensável. São muitos auto questionamentos, nenhuma resposta e a assustadora sensação de "só sei que nada sei". Despedidas costumam ser difíceis, mas a separação é um conjunto grande delas. Despede se de uma pessoa, de um pedaço da sua própria história, de um amor, muitas vezes de uma casa, de um bicho de estimação, da convivência diária com os filhos e de uma forma de ver as coisas... Sim! Porque o seu olhar não será mais o mesmo. Despede se da crença no "pra sempre". O novo encontro é com a sensação de fracasso, de que nada valeu, com o medo do que virá pela frente, a falta de perspectiva e a impressão de que não será mais possível acreditar no amor, tampouco se apaixonar. 

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A família sofre junto, fica todo mundo dilacerado, mas é muito confortante sentir a muralha de amor que é construída em segundos no entorno da dor. 

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É natural e saudável passar por um luto na separação, mas dizem que o tempo cura tudo, certo? 

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Há vida pós divórcio e no geral, pode ser melhor do que a que vinha se apresentando! A separação que jamais pode acontecer é a nossa da gente mesmo, das nossas verdades, do nosso jeito de ser, dos nossos prazeres, nossos vínculos. E essa separação pode acontecer enquanto estamos em um relacionamento ou não. Às vezes, na busca por agradar ao outro, nos distanciamos da nossa essência e autenticidade, fatalmente não agradando nem ao outro nem a si mesmo. Estar conectado consigo é importante para a própria saúde emocional, para estabelecer relacionamentos saudáveis e até mesmo para passar por um processo de separação de forma menos dolorosa. Todos conhecemos ao menos uma pessoa que ao se separar, encontrou o enorme vazio escrito à próprio punho, quando se distanciou dos amigos, da família, deixou de fazer várias coisas das quais gostava e se ocupou excessivamente do outro, esse outro que um dia partiu. 

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